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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

MARIO QUINTANA





"Na maneira
De duas rotinas
Em duas vidas
Acostuma-se ao que parece confortador.
Se crendo que
Com o vazar das cores
Nos transformamos em grandes desenhos
Para poder existir na história.
O que se esquece é que em cores berrantes
Os rabiscos tropeçam
e gritam:
Paz.
E a minha paz,
De correr
Deitar e findar
Nos teus braços soltos.
Os que me “clavam”
Com uma só nota.
Quero te sentir ao máximo
Antes que eu cresça,
E crescendo eu me perca
No princípio da essência
De silenciar o pranto.
Quero que possa dar tempo
De gravar o jeito como
Os teus olhos riem para mim.
Quero que dê tempo para te amar
Ainda uma última vez,
Antes que eu cresça
Antes que as cores me desenhem de outra forma.
Antes que eu vá embora."




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