Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da
suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes.
Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves,
cadeados e medos.[...]Impossível saber o que a vida pode
nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se
fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não
há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso
também que nos dá esperança.
Ana Jácomo
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