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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Silêncio - Mario Quintana




O mundo, às vezes, fica-me tão 

insignificativo

Como um filme que houvesse 

perdido 
de  repente o som
Vejo homens, mulheres: 
peixes abrindo 
e fechando a boca
num aquário

Ou multidões: 

macacos pula-pulando 

nas arquibancadas dos

estádios...

Mas o mais triste é 

essa tristeza toda 

colorida dos carnavais

Como a maquiagem das velhas 

prostitutas fazendo trottoir.

Às vezes eu penso que 

já fui um dia um rei,

imóvel no seu


palanque,

Obrigado a ficar olhando

Intermináveis desfiles, torneios, 

procissões, tudo isso...

Oh! decididamente o meu reino não é 

deste mundo!

Nem de outro...



Mario Quintana - A cor do invisivel

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