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sábado, 1 de fevereiro de 2014

O último poema - Manuel Bandeira




Assim eu quereria meu último


 poema


Que fosse terno dizendo as coisas mais 

simples e 

menos intencionais

Que fosse ardente como um 

soluço sem lágrimas


Que tivesse a beleza das flores quase 

sem perfume


A pureza da chama em que se 

consomem os diamantes mais 


límpidos

A paixão dos suicidas que se matam 

sem explicação.

3 comentários:

PC c Magdalena disse...

sou mais antigo que hoje mas serei mais novo amanhã,
sou mais simples que uma reta,
sou mais alma que carne,
Sou o mal ou sou a cura,
a delicia ou a tortura,
o prazer ou medo
sou a confissão total dos meus segredos.
Sou mais torto que uma curva,
sou a flor que espeta,
sou poeta!
pccmagdalena

Vivi Ulbricht disse...

Linda poesia, Paulo! Parabéns!Muito obrigada!! beijo

Vivi Ulbricht disse...
Este comentário foi removido pelo autor.