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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Mariza Roedel




"Alguém pode usar os braços para me abraçar e isto 
pode não passar de um gesto automatizado enquanto 
outra pessoa pode usar os braços e fazer com que eu 
não queira me afastar dali. Posso também receber um 
abraço de corpo inteiro e vou sempre preferir este 
abraço ao abraço só com braços. Mas posso também 
ser abraçada com o olhar de alguém e nesse momento, 
o mundo pode parar por alguns segundos. E nesse, 
nem foi necessário ter braços. Um dia, eu estava 
deitada na grama, olhando o céu azul e fui abraçada por 
aquele azul. Simplesmente, não senti mais meu corpo e 
a paz foi incrível. E como gosto de dar explicação a 
tudo, acreditei que eu tinha sido abraçada pelo meu 
anjo guardião. E simplesmente agradeci. Mas o melhor 
de tudo é que sei que posso provocar esse abraço 
quando eu quiser. E isso é ótimo. Mas o que realmente 
distingue um abraço do outro, é o afeto que alguns 
abraços trazem prá nós. Existem abraços que não 
transmitem afetos e são frios e vazios. Precisamos, 
urgentemente, treinarmos colocar o nosso afeto nos 
nossos gestos, no nosso olhar. Assim, faremos um bem 
enorme, andando por aí."

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