"Alguém pode usar os braços para me abraçar e isto
pode não passar de um gesto automatizado enquanto
outra pessoa pode usar os braços e fazer com que eu
não queira me afastar dali. Posso também receber um
abraço de corpo inteiro e vou sempre preferir este
abraço ao abraço só com braços. Mas posso também
ser abraçada com o olhar de alguém e nesse momento,
o mundo pode parar por alguns segundos. E nesse,
nem foi necessário ter braços. Um dia, eu estava
deitada na grama, olhando o céu azul e fui abraçada por
aquele azul. Simplesmente, não senti mais meu corpo e
a paz foi incrível. E como gosto de dar explicação a
tudo, acreditei que eu tinha sido abraçada pelo meu
anjo guardião. E simplesmente agradeci. Mas o melhor
de tudo é que sei que posso provocar esse abraço
quando eu quiser. E isso é ótimo. Mas o que realmente
distingue um abraço do outro, é o afeto que alguns
abraços trazem prá nós. Existem abraços que não
transmitem afetos e são frios e vazios. Precisamos,
urgentemente, treinarmos colocar o nosso afeto nos
nossos gestos, no nosso olhar. Assim, faremos um bem
enorme, andando por aí."
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