Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...
Abre-me o seio,
Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes
sem receio.
sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem,
desvairadas...
E que os meus flancos nus
vibrem no enleio
vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua...,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue
misturar-se.
misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha
amada!
Enterra-os bem nos meus;
não digas nada...
não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se
sem disfarce!
sem disfarce!
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