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terça-feira, 17 de julho de 2012

PLATÃO (século V a.C.)




O Amor é um demônio,
divindade intermediária entre os deuses e os homens,
filho de Expediente e de Pobreza,
nascido no mesmo dia em que nasceu Afrodite.
Ele é, ao mesmo tempo, belo e pobre,
arguto e audacioso,
de sua mãe herdou a instabilidade,
de seu pai herdou a coragem.
É filósofo e sofista,
mágico e feiticeiro,
nunca está na penúria nem na opulência.
Está sempre entre a ciência e a ignorância,
procura sempre o que é bom e belo,
está à cata da felicidade.
O Amor tende para a imortalidade,
busca a incessante renovação.
Quando procura a glória,
quer a eternidade imperecível.
Quando busca a felicidade,
quer a totalidade no tempo e no espaço.
Eis o termo da vida humana.
Para atingir este ponto vale a pena ter vivido!
Chegar à contemplação da Beleza em si mesma,
Beleza que te transportará mais que qualquer outra.
O Homem torna-se caro aos deuses
e atinge a imortalidade!



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